O cristão bobinho
- Diogo Crotti
- 25 de mai. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 31 de mai. de 2019
Espero que essa breve reflexão o leve a sair do estado de cristão bobinho para um cristão maduro!

O cristão bobinho é ingênuo. Mas não ingênuo no sentido positivo e sim no negativo. Ele começa frequentar a igreja (não gosto dessa expressão – “frequentar a igreja”, mas para facilitar o entendimento vou usá-la) esperando que lá dentro é um mar de rosas e todos são perfeitos. Tolo! Nem ele é perfeito, e exige dos outros!
O processo natural (não precisa ser profeta aqui) é que o cristão bobinho logo ficará decepcionado com seus novos “irmãos” e facilmente deixará de congregar. Sairá saltitando em busca da igreja perfeita e de pessoas ideais. Logo mais, sofrerá uma nova queda, e quando se der conta, tornou-se um desigrejado, chateado com Deus, as pessoas, o mundo, e obvio menos com ele, afinal ele é o certinho de todo esse processo, o coitadinho que se vitimiza.
Lewis, de forma magistral capturou isso no ar em sua carta número II, ao dizer:
“Então, trabalhe duro na decepção ou no anticlímax que certamente sobreviverá ao paciente (cristão bobinho – termo meu) nas suas primeiras semanas na igreja.” (p.23)
O cristão bobinho não sabe lidar com os pecados das outras pessoas. No afã de ser zeloso, porém sem piedade interior, fica escandalizado ao descobrir quanto pecado carregamos veladamente. Partindo, do seu mundinho espiritualizado, ao invés de ajudar, foge! Essa fuga dos “pecadores” da igreja, está carregada de uma falsa espiritualidade, afirmando a si mesmo que está decepcionado com sua nova família da fé.
O cristão bobinho acha que viver sem participar da comunidade cristã é algo natural. Tão tolo e vitimizado, estabelece lentes para ver todas as denominações cristãs, e pasmem – só vê o que é crítico – e por conta disso, poderia rotulá-lo de idiota, mas não como o Idiota do Dostoievski imortalizado na personagem Michkin, idiota mesmo. Não fique ofendido com o termo “idiota” eu poderia usar outro, mas esse quebra o galho.
Não gosto de encerrar nenhum texto com citação, mas sem sombra de dúvidas Lewis merece ser citado novamente. Ele está falando do cristão bobinho e desigrejado:
“No fundo, ele ainda acredita que pode ser um convertido (...) e pensa que está mostrando grande humildade e condescendência em sequer ir para a igreja com esses vizinhos vulgares e presunçosos. Mantenha – o nesse estado de espírito o máximo de tempo possível.” , propõe Satanás! (Maldanado) (p.25)
Fim, por enquanto.
Comments