A Lei Moral
- Diogo Crotti
- 12 de jul. de 2019
- 2 min de leitura

A lei moral é inata a humanidade. Em toda a história princípios morais essenciais estão presente em todas as culturas. Obviamente, podemos perceber divergências em pontos periféricos, mas grosso modo, a lei moral está interiorizada no coração humano.
C.S. Lewis considera “curioso” culturas tão diferentes desenvolverem princípios iguais, e ao mesmo tempo, não conseguirem praticá-las no seu dia a dia. Essa lei moral inata faz parte da revelação geral. A revelação geral expressa a realidade do Ser de Deus, por meio da criação, cultura e a consciência do que é certo e errado. É sabido que a revelação natural não possui caráter salvífico, e apenas aponta para a realidade de um criador, ou como costuma-se dizer hoje em dia, um designer inteligente.
Paulo trata disso na carta aos Romanos ao afirmar que: a criação indica a realidade de Deus e que “tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Rm.1:20 RA), e sobre os não judeus (gentios), menciona a lei inscrita no coração: “Estes mostram a norma da lei gravada no seu coração.” (Rm.2:15) Isto, nos mostra que toda a humanidade carrega no coração a diferença entre certo e errado, e reitero, especificamente nos valores éticos e morais absolutos, como por exemplo, em qualquer cultura se busca a felicidade, o convívio social visando proteção da vida, o amor a família objetivando a perpetuação.
Para a mente secularizada a lei moral não existe porque a moral é relativa. A frase clássica é: “a sua verdade não é a mesma que a minha.” Estes que apregoam tal ideia também possuem a lei moral dentro deles, e para fazer o teste, pergunte se são capazes de promulgar uma lei para matar todas as crianças de dois anos de idade. Com absoluta certeza eles não farão isso, justamente, devido a consciência moral inata, possuem o dever ético de preserve a vida dos pequeninos.
Não estamos tratando aqui de salvação. Não somos salvos pelo desenvolvimento de algum tipo de moralidade. Apenas indico que a lei moral está presente em toda a humanidade. Inclusive, a moral que não for fundamentada no amor de Deus, desenvolve pessoas moralistas, e que se consideram superiores aos demais e excludentes. Basta pensar nos fariseus do Novo Testamento!
Mas, o homem cuja moral está profundamente regada pelo amor divino, torna-se um servo de todos e incluí as pessoas no Reino, por meio do convite para seguir a Jesus. Ele não se apresenta como um pop star cheio de si, mas tão simplesmente como alguém, cujos valores foram transformados, e o desenvolvimento da moral é um desdobramento natural dos que foram impactados pelo evangelho.
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